Uso de descongestionante nasal pode colocar sua saúde em risco.
- Dr. Agnaldo Rodrigues
- 24 de out. de 2018
- 2 min de leitura

Poeira, chuva, clima seco e chuva...essa grande variação de condições climáticas e de qualidade do ar é porta de entrada para muitos problemas respiratórios, entre eles a congestão nasal, também conhecida como “nariz entupido”.
Para muitos, a solução mais rápida são os descongestionantes nasais, porém esse grupo de medicamento nem sempre é a melhor opção.
O uso dos descongestionantes aumenta o risco de problemas cardiovasculares, como arritmias cardíacas, hipertensão arterial e até mesmo tromboses.
A congestão nasal é uma inflamação ou irritação que faz com que partes do nariz (chamadas cornetos) aumentem de tamanho.
Os descongestionantes contraem os vasos sanguíneos, fazendo com que essa área desinche e a respiração fique mais fácil.
O perigo é que o remédio acaba contraindo outros vasos, inclusive artérias do coração, fazendo com que o sangue passe com mais força pelos vasos, aumentando a pressão, o que pode colaborar para bloquear de vez uma artéria, levando ao infarto.
Além disso, na mucosa nasal, o uso abusivo provoca uma reação inflamatória, fazendo com que seja preciso quantidades cada vez maiores do remédio para se obter um alívio, gerando uma dependência.
O RISCO DO DESCONGESTIONANTE NASAL NA GRAVIDEZ
O uso durante a gravidez gera riscos também para o bebê. Os perigos do uso desses medicamentos na gravidez incluem vasoconstrição das artérias uterinas, que reduz o fornecimento de sangue para o feto.
Durante a amamentação pode causar irritabilidade, insônia e taquicardia no bebê.
Além disso, esses medicamentos podem reduzir o volume médio de leite materno. Alterações de humor, tremores, agitação e dificuldade de urinar também são frequentes.
EVITE O USO CONTÍNUO
Mesmo quem não tem problemas cardíacos deve evitar o uso contínuo. O ideal é que sejam usados pelo menor tempo possível, em torno de três a cinco dias.
Devem ser evitados, sobretudo, por crianças, idosos, pessoas com problemas cardíacos e da tireoide, hipertensos, gestantes, durante amamentação e em homens com aumento da próstata.
E vale informar aos pacientes que já são dependentes desses medicamentos que existem outras opções seguras que podem ser usadas e que até mesmo a dependência pode ser tratada, de maneira que o paciente consiga suspender o uso do medicamento confortavelmente e tenha seu problema resolvido.
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