Tratamentos tidos como alternativos.
- Dr. Agnaldo Rodrigues
- 8 de mai. de 2019
- 2 min de leitura

Em tempos de tratamentos tidos como alternativos muito se questiona porque determinada substância não pode ser usada em um tratamento já que existe um grupo de pessoas que fizeram uso e tiveram uma boa resposta.
Um exemplo recente foi o uso da fosfoetanolamina como tratamento de câncer, firmemente combatida pelos oncologistas honestos, que foram acusados de não terem interesse na cura da doença, já que alguns pacientes haviam tido boa resposta ao uso.
Antes de uma substância virar um remédio ela passa por algumas etapas, sempre.
Há os estudos de Fase I, com um pequeno número de jovens saudáveis e corajosos, para saber se a molécula os matará e para medir coisas básicas, como a velocidade que o medicamento é eliminado pelo corpo. ⠀ Vencida essa etapa se inicia os experimentos da Fase II, com algumas centenas de pessoas que tenham a doença em causa, a fim de definir a dose do medicamento e ter uma ideia da eficácia. ⠀ Depois inicia-se um experimento da Fase III, com centenas ou milhares de pacientes, comparando seu fármaco com um placebo (comprimido de farinha por exemplo) ou com um tratamento similar e coleta muitos outros dados sobre eficácia e segurança. ⠀ Ultrapassando essa etapa a medicação pode ir para o mercado, dependendo dos resultados claro, e mesmo assim os experimentos não param, vão se observando por exemplo se surgiram outros efeitos colaterais com o uso. ⠀ Os bons médicos tomam a decisão racional a respeito de prescrever ou não um fármaco com base nos resultados dos experimentos, nos efeitos colaterais descobertos e até mesmo no custo. ⠀ Resumidamente essas são as etapas a serem seguidas e o que foge a isso não é uma boa prática médica, eu não posso inventar um tratamento e começar a fazer testes nos meus pacientes, na verdade isso é um crime, mesmo que eu observe que alguns deles tiveram algum bom resultado.
Lembra da fosfoetanolamina? Não conseguiu chegar a Fase II por resultados extremamente desapontadores.

Dr. Agnaldo Rodrigues é médico pela Faculdade de Medicina de Petrópolis, tendo se especializado em cardiologia pelo Instituto Mário Penna, em Belo Horizonte, e em Ecocardiografia pelo Diagnósticos da América (DASA) e Escola de Imagem de São Paulo (UNIECO). Possui ainda título de especialização em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.Seu consultório de cardiologia fica localizado na cidade de Itumbiara-GO, na rua João Manoel de Souza, 66 - sala 14, Centro, CRM-GO: 14.541 | RQE nº 11.602
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