Referência, Genérico, Similar. São ou não são iguais?
- Agnaldo Júnior
- 15 de dez. de 2020
- 2 min de leitura

Quando um novo medicamento é desenvolvido ou descoberto, o laboratório responsável, após submeter os estudos que comprovam segurança e eficácia, pode comercializá-lo. O laboratório que o desenvolveu possuirá uma patente que garantirá exclusividade na produção e venda, por um período de 10 a 20 anos. Teremos o medicamento de referência, o medicamento original. Para exemplificar: antidepressivo Prozac.
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Após esse período de exclusividade, outros laboratórios podem entrar no jogo, com a fabricação e venda dos medicamentos genéricos e os similares.
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O genérico contém o mesmo princípio ativo do medicamento de marca, com aquela tarja amarela e o G de genérico. Por definição são medicamentos equivalentes ao medicamento de marca, foram testados e comparados aos de referência. O genérico do Prozac é a fluoxetina, nome do princípio ativo.
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E os similares? No passado eles não eram absolutamente equivalentes, alguns testes comparativos não eram realizados. Hoje tanto os genéricos quanto os similares devem ser sua equivalência comprovada, porém a ANVISA ainda não analisou a documentação de todos os similares, atestando que eles são de fato equivalentes, por esse motivo o atendente da farmácia ou você mesmo pode consultar no site da ANVISA se o similar em questão possui equivalência documentada. Similares do Prozac existem inúmeros.
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Pois bem, apesar de em tese serem medicamentos equivalentes, na prática não é bem isso que observamos, você que usa medicamento de uso contínuo sabe do que estou falando. Além disso o atrativo “preço”, com a concorrência, não é mais tão relevante, existem genéricos mais caros do que os de referência.
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Mas você pode ou não fazer essa troca? Só seu médico saberá te informar, a farmácia quer apenas vender, natural. Seu médico deve deixar claro na receita se essa troca será permitida e se não estiver claro questione. No exemplo que dei você encontraria uma fluoxetina genérica por 25 reais, já o Prozac por um pouco mais que 100 reais, 4 vezes mais caro. Existe algum motivo para se pagar mais caro nessa caso? Eles são equivalentes mesmo? Os pacientes respondem ao tratamento da mesma maneira? O bom psiquiatra vai saber te responder.

Dr. Agnaldo Rodrigues é médico pela Faculdade de Medicina de Petrópolis, tendo se especializado em cardiologia pelo Instituto Mário Penna, em Belo Horizonte, e em Ecocardiografia pelo Diagnósticos da América (DASA) e Escola de Imagem de São Paulo (UNIECO). Possui ainda título de especialização em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.Seu consultório de cardiologia fica localizado na cidade de Itumbiara-GO, na Praça Sebastião Xavier, 34 - Sala 07 - Ed. Flamboyant - Ala médica , Centro, CRM-GO: 14.541 | RQE nº 11.602
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