Obesidade - vamos resolver essa questão?
- Agnaldo Júnior
- 14 de mai. de 2018
- 4 min de leitura

A obesidade é uma doença crônica, que se caracteriza principalmente pelo acúmulo excessivo de gordura corporal.
O número de pessoas obesas tem crescido rapidamente, tornando a doença um problema de saúde pública.
INCIDÊNCIA
No Brasil, existem mais de 20 milhões de indivíduos obesos.
Na população adulta, 12,5% dos homens e 16,9 % das mulheres apresentam obesidade e cerca de 50% têm excesso de peso (sobrepeso).
Nos Estados Unidos a situação é ainda mais grave: 64,5% da população adulta está acima do peso, sendo que quase a metade é considerada obesa.
CAUSAS
A principal causa de obesidade é a alimentação inadequada ou excessiva.

Para manter o peso ideal é preciso que haja um equilíbrio entre a quantidade de calorias ingeridas e a energia gasta ao longo do dia.
Quando há abundância de alimentos e baixa atividade energética, existe o acúmulo de gordura.
Por isso, o sedentarismo é o segundo fator importante que contribui para a obesidade.
Vale a pena mencionar que frequentemente o erro não está na quantidade do que se ingere e sim na qualidade, pequenas quantidades de alimentos de baixa qualidade nutricional associados a grandes períodos de jejum também podem contribuir com o ganho de peso, situação muito prevalente no dia a dia daquelas pessoas que por exemplo se alimentam duas vezes ao dia e seguem acima do peso.
Além disso, existem os fatores genéticos, em que uma pessoa pode herdar a disposição para obesidade; ter o metabolismo mais lento, o que facilita o acúmulo de gorduras e dificulta o emagrecimento, ou ter aumento de peso por conta das oscilações hormonais.
Também existe uma influência dos fatores psicológicos, quando o estresse, a ansiedade ou as frustrações desencadeiam crises de compulsão alimentar.
SINAIS E SINTOMAS
Além das roupas apertadas e o aumento do ponteiro na balança, o acúmulo de gordura é um indício de obesidade.
Episódios de apneia do sono, dificuldade para movimentar-se, cansaço frequente e distúrbios no ciclo menstrual nas mulheres também são indicadores da doença.
DIAGNÓSTICO
É feito por meio do cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC), que avalia a relação entre o peso e a altura.
Quando o IMC é maior do que 30 o indivíduo é considerado obeso.
Quanto maior esse índice, maiores as chances do paciente desenvolver diabetes, problemas cardiovasculares e nas articulações, hipertensão arterial, depressão e problemas diretamente ligados a pior qualidade de vida e menor longevidade.
Abaixo do peso: IMC abaixo de 18,5
Peso normal: IMC entre 18,5 e 24,9
Sobrepeso: IMC entre 25 e 29,9
Obesidade Grau I: IMC entre 30 e 34,9
Obesidade Grau II: IMC entre 35 e 39,9
Obesidade Grau III: IMC acima de 40.
O excesso de peso ocorre a partir do sobrepeso.
Também existem outras formas de constatar o excesso de peso que agem em conjunto com o cálculo do IMC.

São elas: cálculo da porcentagem de gordura e medir a circunferência abdominal.
TRATAMENTO
A melhor forma de tratar a obesidade é adotar mudanças no estilo de vida, com uma dieta menos calórica, bem distribuída ao longo do dia e com nutrientes variados e equilibrados, aliada a um programa de exercícios físicos, sempre sob a supervisão de um profissional.
Também pode ser feito o uso de medicamentos em casos específicos.
Para os casos mais graves pode ser recomendada também a cirurgia bariátrica, especialmente para quem possui o IMC acima de 35 com doenças associadas a obesidade e para os que tem IMC acima de 40 e não conseguem emagrecer com outros tratamentos.
Em todos os casos, o acompanhamento médico regular é fundamental.
PREVENÇÃO

A doença pode ser evitada desde a infância, com a adoção de hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de esportes ao longo da vida
Impactos da obesidade
O acúmulo de gordura no organismo aumenta o risco de doenças como hipertensão arterial, aumento do colesterol e triglicérides, diabetes, apneia do sono, acúmulo de gordura no fígado, infarto do miocárdio, doenças articulares, acidente vascular cerebral e pode estar associado ao surgimento de alguns tipos de câncer.
O excesso de peso pode trazer ainda prejuízos para as relações pessoais e profissionais, pois essas pessoas são mais propensas a depressão e ansiedade.
É fundamental que se tenha consciência da dimensão do problema e de que existe uma solução, que pode ser alcançada desde que exista empenho do paciente.
Soluções milagrosas não existem, o ganho de peso costuma acontecer ao longo do tempo, anos e anos de hábitos inadequados e o controle desse peso também virá ao longo do tempo.

Dr. Agnaldo Rodrigues é médico pela Faculdade de Medicina de Petrópolis, tendo se especializado em cardiologia pelo Instituto Mário Penna, em Belo Horizonte, e em Ecocardiografia pelo Diagnósticos da América (DASA) e Escola de Imagem de São Paulo (UNIECO). Possui ainda título de especialização em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Seu consultório de cardiologia fica localizado na cidade de Itumbiara-GO, na rua João Manoel de Souza, 66 - sala 14, Centro,
CRM-GO: 14.541 | RQE nº 11.602
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