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Colesterol e Doenças Cardiovasculares

  • Foto do escritor: Agnaldo Júnior
    Agnaldo Júnior
  • 6 de jun. de 2018
  • 4 min de leitura

Sedentarismo

Considerado muitas vezes como “vilão”, o colesterol é uma substância essencial para o nosso organismo.

É um lipídio responsável por uma série de funções fisiológicas. Participa da formação celular e de alguns hormônios, como os sexuais.

É responsável também por deixar a parede da célula mais fluida para permitir entrada de nutrientes e saída de elementos excretados.

Cerca de 70% do colesterol é produzido pelo nosso próprio corpo, no fígado.

O restante, é adquirido através da alimentação.

Porém, é preciso separar o colesterol presente nas células daquele que circula nas artérias no corpo.

É este último que, em excesso, pode formar as placas de gordura.

É aí que está a relação entre colesterol e doenças cardiovasculares. Fatores como diabetes, sedentarismo, hipertensão e cigarro favorecem ainda mais a formação das placas e aumentam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, infarto e acidente vascular cerebral.

Trata-se o risco e não o número

Acompanhar os níveis de colesterol no sangue faz parte de uma rotina de prevenção e cuidado com a saúde.

No entanto os números obtidos nos exames sanguíneos não são suficientes para o diagnóstico e condução do tratamento.

Ou seja, seus níveis de colesterol devem ser analisados em conjunto com a presença de fatores de risco associados.

Dessa forma, para um indivíduo jovem e sem outros fatores de risco, uma determinada taxa de colesterol pode ser aceita como normal.

Esse mesmo valor pode ser considerado alto para um outro indivíduo com hipertensão e diabetes, por exemplo.

Por isso, essa avaliação deve ser realizada por um Cardiologista, que definirá qual o risco cardiológico do paciente e definirá quais os valores podem ser considerados aceitáveis e quais requerem tratamento, ou com mudança de hábitos ou com medicamentos.

A Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, publicada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia em 2017, faz essa relação.

Colesterol Bom (HDL) e Colesterol Ruim (LDL)

Alimentação saudável

Existem dois tipos de colesterol, o bom (HDL) e o ruim (LDL).

O primeiro age retirando o colesterol ruim da circulação.

Com o passar do tempo, este último se fixa nas paredes das artérias, o que pode resultar em uma obstrução pela formação de uma placa de ateroma, que quando rompe é um dos mecanismos que geram o infarto.

Para alcançar níveis adequados de HDL, o colesterol bom, a recomendação é manter hábitos saudáveis.

Assim, uma dieta saudável, controlar o peso e praticar atividade física devem ser parte da rotina.

Como os triglicerídeos podem diminuir a produção do colesterol bom, é preciso controlar também esses índices.

Isso é possível evitando a ingestão excessiva de açúcares, carboidratos e bebidas alcóolicas.

Para controlar os níveis do colesterol ruim, o LDL, uma dieta saudável não é o bastante em situações específicas.

A dieta com baixo consumo de gorduras saturadas e trans é responsável por somente 15% na redução do colesterol.

Quando o paciente apresenta fatores de risco associados (rico cardiológico alto ou muito alto) e colesterol elevado, as mudanças de hábitos não são suficientes.

Neste caso, o tratamento contará com a prescrição de medicamentos específicos para controle do colesterol.

Medicamentos para Colesterol

Medicamentos para colesterol

Entre as principais opções de medicamentos para controle do colesterol estão as estatinas.

Há mais de 30 anos no mercado, elas visam baixar o teor de gordura no sangue.

Ajudam também a melhorar a elasticidade das artérias e a diminuir processos inflamatórios na parede das artérias.

Muito se fala sobre essa medicação, porém é importante ressaltar que o uso da mesma está estabelecido, tem eficácia comprovada e ignorar esse benefício em determinadas situações é algo até mesmo criminoso.

A sua fonte de informação deve ser o seu cardiologista de confiança.

As estatinas são ainda a melhor opção disponível para evitar eventos cardiovasculares.

Vale lembrar que a prescrição será para a vida toda quando o uso for bem indicado.

Por isso, independente dos índices, avaliar o risco e a necessidade de cada paciente é fundamental.

Um novo medicamento, já disponível no Brasil, atua por caminhos diferentes das estatinas.

A nova opção é injetável e capaz de controlar o colesterol inibindo a sua produção no fígado.

O medicamento bloqueia a atividade de uma enzima natural do corpo, chamada PCSK9.

Essa enzima destrói os receptores de LDL no fígado, cuja função é retirar o excesso de colesterol ruim em circulação.

Devido ao custo mais alto, a injeção é indicada a pacientes com colesterol alto de origem familiar e com resistência às estatinas.

Colesterol e doenças cardiovasculares: acompanhamento médico

O colesterol elevado não apresenta sintomas, por isso prevenir é o melhor caminho. A recomendação é realizar dosagens a partir dos 20 anos.

Diante do diagnóstico é necessário o acompanhamento periódico com o Cardiologista e quando o uso de medicação for indicado é fundamental o ajuste periódico da dose até que as metas de controle sejam alcançadas, pois a relação entre colesterol e doenças cardiovasculares é estreita, trata-se de uma doença e deve ser encara como tal.

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©  2018 por Agnaldo Rodrigues - Consultório de Cardiologia  |  Dr. Agnaldo Rodrigues da Silva Jr. - CRM-GO: 14.541  |  RQE nº 11.602

 

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